Global Research, 31 de Janeiro de 2020
Embora
este coronavírus seja realmente preocupante e esteja a causar mortes, interrogamo-nos
se as respostas, especialmente no Ocidente, não estão a perder o controlo.
O
Canadá, com uma população quase igual à de Shangai, até agora, nesta temporada
de gripe, teve mais de 20.000 casos confirmados, 2.200 hospitalizações e 85
mortes, aproximadamente o mesmo que toda a China com o novo coronavírus ao
mesmo tempo. Mas não há pânico no Canadá sobre a gripe, e a United Airlines não
está a cancelar todos os voos para o Canadá.
Da
mesma forma para os EUA nesta temporada de gripe, houve 140.000 hospitalizações
e cerca de 8.500 mortes.
Mas a
gripe quase não é mencionada na comunicação mediática, nos EUA e o Governo não
está a confinar cidades ou viagens aéreas. Ainda mais, em 2017, os EUA registaram
61.000 mortes devido à gripe, com 45 milhões de pessoas muito doentes, mas não
foi referida nenhuma emergência nacional e a vida permaneceu normal. (1)
História
da Infecção
(de 31
de Dezembro de 2019 a 31 de Janeiro de 2019)
§ 31 de
Dezembro – 1
§ 03 de
Janeiro – 44
§ 21 de
Janeiro – 225
§ 23 de Janeiro
– 830
§ 24 de
Janeiro – 1,295
§ 25 de
Janeiro – 1,950
§ 26 de
Janeiro – 2,744 infecções, 80 mortes
§ 27 de
Janeiro – 4,515 infecções, 105 mortes
§ 28 de
Janeiro – 5,974 infecções, 132 mortes
§ 29 de
Janeiro – 7,711 infecções, 170 mortes
§ 30 de
Janeiro – 9,692 infecções, 216 mortes
§ 31 de
Janeiro – 9,800 infecções, 216 mortes
Fonte:
dados do Governo da China e da Organização Mundial de Saúde
Ver o Mapa a Seguir
Scan
do mapa do New York Times, em 31 de
Janeiro de 2020
Aproximadamente
150 infecções foram registadas fora da
China em 20-21 países, de um total de infecções registadas da ordem de
10.000 (31 de Janeiro).
Até
agora, todas as mortes registadas ocorrem na China continental. Nenhuma morte
foi registada fora da China.
Esses
números são baixos quando comparados aos relativos ao surto sazonal comum de
gripe viral.
Segundo
dados da OMS, houve 5 milhões de infecções e 650.000 mortes no mundo inteiro
associadas ao vírus da gripe sazonal comum. (Números de 2017)
Em Hong Kong, há mais mortes a cada duas semanas de
gripe comum, a cada ano (e este ano) do que aconteceu com a SARS no total, mas
com apenas 6 casos confirmados de coronavírus, Hong Kong está a cancelar a
maioria dos voos e dos comboios entre o Continente e fechou muitos dos portos
de entrada na sua fronteira.
Na China continental, o novo vírus já causou mais
infecções do que a SARS durante 2002-2003, embora a taxa de mortalidade seja
muito menor, mas 200 ou 300 mortes numa população de quase 1.4 bilião não é uma
reminiscência imediata da praga ou da gripe espanhola, que causaram milhões de
mortes em todo o mundo.
E, de facto, a China também experimenta muito mais
mortes pela gripe comum a cada ano, mas a China destinou quase 30 biliões de
RMB (cerca de 4 biliões de dólares) para apoiar a batalha contra esse novo
coronavírus. O medo e a reacção exagerada (se é que é verdade) parecem
resultar, simplesmente, do facto deste agente patogénico ser diferente.
As
viagens de comboio durante este feriado decresceram cerca de 75% em relação ao
mesmo período do ano passado. A China prolongou o feriado de Ano Novo do país
na tentativa de permitir que os cidadãos permaneçam isolados em suas casas
durante um período mais longo, mas, em breve, haverá uma grande onda de
viajantes a regressar ao seu local de residência ou ao trabalho, com o perigo
de provocar novas infecções.
Companhias
aéreas de vários países anunciaram a redução ou o cancelamento total de todos
os vôos para a China. A Rússia, a Mongólia
e a Coreia do Norte bloquearam todas as passagens para a China até 1º de Março,
com a Rússia, a fechar, efectivamente, a sua fronteira de 4.200 km. Os EUA e
muitas outras nações recomendaram evitar qualquer viagem à China. Como também,
muitas empresas na China optaram por fechar temporariamente as portas,
incluindo as multinacionais Starbucks, McDonald's, IKEA e outras. (2)
O
governo italiano declarou o estado de emergência num esforço para impedir
“alegadamente” a propagação da estirpe/cepa do coronavírus depois de terem sido
confirmados dois casos em Roma. As companhias aéreas Alitalia, Air France,
Delta Airlines, Air Canada, British Airways, Lion Air e Seoul Air, Finnair,
Cathay Pacific e Jetstar Asia suspenderam todos os voos de ida e volta para a
China, incluindo outras companhias aéreas, que estavam a reduzir o número de
voos para o país, porque a procura de viagens está a diminuir.
Muitos
países já retiraram a maioria dos seus funcionários diplomáticos da China,
incluindo os EUA, a França e o Japão.
A
Austrália disse que colocaria em quarentena os indivíduos suspeitos de infecções
durante duas semanas, numa pequena ilha a cerca de 1.600 km do continente
australiano e Singapura proibiu a entrada a todos os viajantes que visitaram a
China continental nas últimas duas semanas. (3) Noutros lugares, mais de 6.000
turistas estavam confinados a bordo de um navio de cruzeiro, num porto italiano
na quinta-feira, depois de dois passageiros chineses de Macau terem sido
isolados por receio de serem portadores do coronavírus. (4)
A OMS declarou uma Emergência Mundial
Em 30 de Janeiro, a OMS declarou o surto
de vírus como sendo uma emergência global, um “acontecimento extraordinário”
que constitui um risco para outros países e requer uma resposta internacional
coordenada. Esta declaração foi motivada pelo rápido
aumento de infecções relatadas, especialmente por se ter espalhado noutras 18
nações onde houve casos de transmissão de ser humano para ser humano. A França
confirmou que um médico que estava em contacto com um paciente com o novo vírus
ficou infectado, mais tarde, os especialistas médicos temem que a propagação
de novos vírus de pacientes para profissionais de saúde possa sinalizar que o
vírus está a adaptar-se à transmissão humana e, assim, tornar-se muito mais
infeccioso. (5)
O Director
Geral da OMS disse que a declaração não era um voto de falta de confiança na
China, nem no que estava a acontecer na China, mas devido ao que está a
acontecer noutros países, e que “A nossa maior preocupação é o potencial deste
vírus se espalhar para países com sistemas de saúde mais limitados e mal preparados
para lidar com ele”..
Marion Koopmans,
especialista de doenças infecciosas no Centro Médico da Universidade Erasmus,
na Holanda, e membro da comissão de emergência da OMS, questionou se o vírus
era “mais infeccioso do que se pensava anteriormente ou se havia algo incomum
nestas circunstâncias”. Outro virologista sugeriu que a transmissão era mais
fácil do que se supunha inicialmente, afirmando que “se a transmissão entre
humanos fosse difícil, os números teriam atingido o nível máximo”. Outro médico
afirmou que este novo vírus “se espalhou a uma escala e velocidade sem
precedentes, com casos a transmitir-se entre pessoas em vários países do mundo”.
Houve
relatos da comunicação mediática ocidental de que as autoridades médicas de
Wuhan tinham sido presas por dar as notícias sobre o vírus, mas essas
declarações não eram verdadeiras. O que aconteceu foi que algumas pessoas não
relacionadas circularam comentários online a informar, que a SARS tinha
regressado à China e que tinha sido detectada nos hospitais de Wuhan, que
alegam ter perturbado muitas pessoas. A polícia entrevistou-os porque na China,
é crime espalhar boatos infundados ou falsos que perturbam a estabilidade
pública. No entanto, esses oito indivíduos foram libertados e, posteriormente,
elogiados, porque as suas evidências provaram estar essencialmente correctas,
embora, como afirmou o principal epidemiologista do CCDC, “não tivessem provas
científicas”. De facto, o Supremo Tribunal da China emitiu uma declaração sobre
este caso, dizendo: “Os factos mostram que, embora a nova pneumonia infectada
pelo coronavírus não seja o SARS, as informações divulgadas pelas oito pessoas não
foram totalmente fabricadas”. (6)
Numa atitude
surpreendente, o Presidente da Câmara de Wuhan, Zhou Xianwang, disse que o
público estava inicialmente insatisfeito com a velocidade da divulgação de
informações e que o bloqueio/lockdown, rápido e eficaz da cidade estava a perturbar
muitas pessoas. Disse:
“Espero
que o público entenda que é uma doença infecciosa e. . . É um acontecimento sem
precedentes, bloquear uma cidade com mais de 10 milhões de pessoas. No entanto,
perante a situação actual, fechamos o portão da cidade e possivelmente
encurralamos o vírus dentro dela. Podemos ficar com um nome sinistro na
História”.
Depois
declarou: “Mas se for favorável ao controlo do vírus e à protecção da segurança
das pessoas”, ele e o chefe do Partido em Wuhan demitir-se-iam se esse passo
acalmasse qualquer indignação existente. (7) Como é habitual, o South China Morning Post, de Hong Kong
(uma publicação anti-China continental) distorceu a notícia, transmitindo-a da
seguinte maneira: “O Presidente da Câmara de Wuhan, pressionado para se demitir
devido à resposta ao vírus”, quando, na verdade, não houve qualquer pressão
externa. (8)
Foi
comovente ver hotéis chineses de propriedade privada, em Wuhan, a providenciar,
voluntariamente, quartos gratuitos para a equipa médica que precisasse de
descansar. Xiao Yaxing, proprietário
privado de um hotel de quatro estrelas na cidade, abriu um grupo de discussão
na plataforma da rede social chinesa WeChat,
onde apelou aos colegas de mais de 40 hotéis para oferecerem quartos aos
médicos e enfermeiros que trabalhavam dia e noite para salvar vidas. Disse que,
uma vez que quase todos os meios de transporte tinham cessado nessa cidade grande,
era difícil às equipas médicas chegar aos hospitais vindo de suas casas e
também precisavam de locais de descanso. Xiao disse: “Muitos hotéis em Wuhan estão
fechados aos viajantes, deixando muitos quartos vazios que podemos oferecer
gratuitamente”. (9)
As
empresas estatais da China também mobilizaram os seus recursos para combater o
surto de pneumonia causada pelo novo coronavírus. As principais operadoras de
telecomunicações do país iniciaram respostas de emergência para garantir
comunicações concretas na província de Hubei, e as empresas farmacêuticas da
SOE fizeram esforços extremos para acelerar a produção dos kits de teste e de equipamentos
médicos, além de trabalharem 24 horas para desenvolver vacinas contra o vírus.
(10)
E,
claro, toda a situação boa pode ser seguida por algo negativo. Os gigantes do
comércio retalhista Carrefour e Wal-Mart estão a ser multados em
milhões de RMB devido à manipulação ilegal de preços, fraudes
lucrativas e por “enganar” os seus clientes durante esta crise, ambas estas
empresas foram avisadas com antecedência e ambas ignoraram os avisos. É preciso
referir que o Carrefour e, especialmente, o Wal-Mart têm uma longa história de
vários tipos de práticas fraudulentas, na China. Há alguns anos, todas as lojas
Wal-Mart na província de Chongqing foram fechadas e seis executivos de alto nível foram presos por uma enorme fraude pública, tendo a empresa recebido
uma multa pesada. (11)
Como
um exemplo deste caso, só uma filial do Carrefour em Shangai aproveitou a ansiedade
do público para marcar os preços habituais das verduras de (por exemplo) 2,5
RMB para 19,8, de 3,87 para 19,55 e de 4,26 para 18,33, enquanto os custos de
aquisição dessas mesmas verduras permaneceram estáveis. As autoridades
descobriram que o Carrefour e o Wal-Mart estavam a enganar ainda mais os
clientes com preços falsos ou etiquetas fraudulentas, mas cobrando de 30% a 50%
a mais no preço final. Estas fraudes de preços levadas a cabo pelas duas
empresas aconteceram em muitas lojas, em muitas províncias. (12)
O
Carrefour na China pediu desculpa por qualquer irregularidade nos preços e
disse que a empresa estabeleceria “um grupo de controlo especial para realizar
inspecções internas de qualidade de preços”. O Wal-Mart, por sua vez, também
divulgou uma declaração dizendo que “fortaleceria os esforços em inspecções de
preços e trataria os problemas com muita seriedade”. No entanto, são as mesmas
declarações que estas duas empresas fazem, sempre que são apanhadas e multadas
por práticas fraudulentas. (13)
Alguns antecedentes preocupantes
Cada
um dos assuntos a seguir e, de facto, todos juntos, podem ser desvalorizados
como meras coincidências. É muito cedo para tirar conclusões, mas estes factos
e acontecimentos perturbaram e assustaram algumas pessoas devido à sua importância e
correspondência, em termos de tempo.
Parte
da natureza inquietante destes acontecimentos é que muitas tragédias no mundo,
nos últimos tempos, tiveram 'julgamentos', com as autoridades a efectuar
acontecimentos simulados que, estranhamente, se assemelhavam à ocorrência real do que aconteceu logo depois. O atentado à bomba, na Maratona de Boston, nos EUA,
alguns anos, foi um desses acasos, onde centenas de cidadãos testemunharam que
o que parecia ser agentes do FBI a realizar, precisamente, essa simulação,
somente alguns dias antes do ocorrido. Existem muitos casos e estão todos bem
documentados, embora a comunicação mediática de massa tenha evitado toda a
discussão sobre os mesmos.
As
autoridades chinesas acreditavam, inicialmente, que o vírus se originou no
Mercado de Marisco de Huanan, em Wuhan, mas dizem que agora parece que houve
várias fontes de infecção. Huang Chaolin,
especialista chinês de doenças pulmonares, Vice Director do Hospital Wuhan
Jinyintan, revelou algumas descobertas precoces sobre os dados clínicos dos 41
primeiros casos do novo coronavírus. Num artigo recente publicado no Lancet, disse que quatro dos cinco
primeiros casos não tiveram contacto com o mercado de marisco e que, só 27 dos
41 primeiros casos tiveram essa exposição. “A julgar por toda a situação, o
mercado de marisco pode não ser a única fonte. A origem do novo coronavírus
pode ser de várias fontes.” (14)
Embora
alguns indivíduos de raça branca (NdT.: designados nos EUA como caucasianos)
e outros asiáticos terem sido infectados até ao momento, o vírus até agora
parece ainda estar fortemente focado nos chineses. No meu artigo anterior sobre
este vírus, reportei-me a uma tese sobre Armas Biológicas de Leonard Horowitz e Zygmunt Dembek, que afirmava que sinais claros de um agente de
guerra biológica geneticamente modificado eram (1) uma doença causada por um
agente incomum (pouco habitual, raro, ou único), com (2) falta de explicação
epidemiológica, isto é, sem haver uma noção clara da fonte; (3) uma
“manifestação e/ou distribuição geográfica pouco comum”, como especificidade da
raça; e (4) “fontes múltiplas” de infecção. Este caso tem todas estas quatro
características. (15)
Há
outra questão a implicar susceptibilidade racial a esta doença da infecção pelo
2019-nCov. Um grupo de virologistas chineses descobriu que, pelo menos, alguns
chineses têm um número extremamente grande de um tipo específico de célula nos
pulmões, que se relacionam com a regulação da reprodução e da transmissão do
vírus. Eles alegaram que isto era o “pano de fundo biológico apropriado para a
investigação epidémica do 2019-nCov”. (16) (17)
Outra
ocorrência estranha ocorreu há cerca de dois anos, quando a Força Aérea dos EUA
colocou uma lista no site Federal Business Opportunities pedindo, pelo menos,
12 amostras de RNA de russos de ascendência europeia, bem como 27 amostras de
líquido sinovial russo. O contrato declarava que todas as amostras devem ser
“recolhidas na Rússia e devem ser de indivíduos de raça branca (caucasianos). O
Governo não considerará amostras de tecido da Ucrânia”. (18)
Igor Nikulin,
antigo membro da Comissão de Armas Biológicas da ONU, observou que as amostras
de RNA podem ser usadas para desenvolver vírus.
“”Estão a ser desenvolvidos novos tipos de
armas biológicas. Não há mais nada que possa interessar ao departamento
militar. Muito provavelmente, são vírus para ser utilizados como armas. Os EUA estão a
tentar desenvolver vários tipos de armas biológicas especificamente para
portadores específicos desse pool genético/fundo genético, e os
caucasóides são necessários, visto que constituem a maioria da população do
nosso país. Este é o mesmo grupo focal para o qual eles estão a tentar
encontrar amostras. É necessário que os vírus actuem selectivamente num ou noutro
grupo étnico.”
Wuhan
estava a realizar os Jogos Militares Mundiais, apenas, algumas semanas antes do
início do vírus, com um grande contingente estrangeiro presente. 300 militares
dos EUA chegaram a Wuhan para esses Jogos, que duraram até Novembro, pouco
antes do início das infecções. Não existe um vínculo comprovado entre estes
dois acontecimentos, mas apenas questões que surgem sobre a ocasião da ocorrência
dos mesmos. (19) (20)
Em
Outubro de 2019, a Fundação Bill e Melinda Gates organizaram um exercício de pandemia, conjuntamente com o
Johns Hopkins Centre for Health Security e com o Pirbright Institute do Reino
Unido, utilizando precisamente um novo surto de coronavírus. Foi designado como
“Evento 201” e foi um exercício de simulação que previa um coronavírus de
rápida expansão com um impacto devastador. Nessa simulação, o coronavírus
resultou num número de mortos de 65 milhões de pessoas em 18 meses - superando
a pandemia mais mortal da história, a gripe espanhola de 1918. (21)
Os organizadores disseram,
“Os
esforços para evitar tais consequências ou reagir a elas à medida que se
desenrolam, irão exigir níveis sem precedentes de colaboração entre os governos, as organizações internacionais e o sector privado”.
Na
sua narrativa,
“O vírus imuno-resistente estava a
prejudicar o comércio e as viagens, conduzindo a economia global a uma queda
livre. As comunicações mediáticas sociais lançavam, desenfreadamente, rumores e
desinformação, os governos estavam a entrar em colapso e os cidadãos a revoltar-se”
Defenderam que esse cenário era “totalmente realista”.
Além
da coincidência de um surto praticamente idêntico ao da China, talvez a parte mais
reveladora tenha sido o foco do grupo na necessidade de “coordenação profunda
com o sector 'privado'” porque, segundo as suas palavras, “o desenvolvimento de
vacinas é lento e difícil se não houver um mercado imediato para elas.” Infelizmente,
comentários desta natureza levantam questões imediatas.
Outro
assunto preocupante é o próprio Instituto
Pirbright, que ajudou na simulação acima mencionada. O Pirbright Institute
é um dos dois principais laboratórios de armas biológicas do Reino Unido, sendo
o outro, Porton Down. Foi de Pirbright que os vírus da febre aftosa “escaparam”
duas vezes nos últimos anos, destruindo os pequenos agricultores, matando todo
o gado, o que resultou na agricultura do Reino Unido ser, repentinamente, açambarcada
pelo grande “negócio da agricultura, isto é, da agricultura industrializada.”
Este
instituto tem o que certamente deve ser o pior registo de segurança, de ética e
de capacidade de armazenagem entre os laboratórios biológicos de nível 4 do
mundo inteiro. Como pano de fundo, um laboratório de nível 4 é talvez o lugar
mais seguro do mundo. Nenhuma pessoa que não seja autorizada pode sequer ousar
aproximar-se, muito menos entrar, e ao sair é exigido, entre outras coisas, que
o indivíduo se dispa para descontaminação. Nada, nenhum material pode ser
removido do local, por razões óbvias, sem uma escolta da polícia ou militar. No
entanto, quando a febre aftosa devastou a Inglaterra e a fonte foi rastreada
definitivamente para Pirbright, a resposta foi que os “activistas da causa dos
animais” entraram no laboratório e roubaram alguns frascos de agentes
patogénicos e que os libertaram. A grande maioria dos ingleses, desconhecendo
as características técnicas dos laboratórios biológicos, acreditou provavelmente nessa história que era pura fantasia.
Uma
questão relacionada é que a presença do Pirbright Institute na simulação foi,
sem dúvida, devida ao facto de que eles criaram e patentearam vários (cinco,
creio) coronavírus, um dos quais foi usado na simulação - Patente dos EUA #
10.130.701, emitida em 20 de Novembro de 2018. É curioso que o Pirbright
Institute é parcialmente financiado pela Fundação Gates (um “financiador da
maior importância”), levando um indivíduo a interrogar-se por que motivo Bill
Gates estaria a financiar um laboratório de armas biológicas do Reino Unido. Dizem-nos
que o interesse é pelas vacinas, mas um laboratório biológico que cria e
patenteia agentes patogénicos mortais poderia evitar o custo da pesquisa das vacinas, em primeiro lugar, não criando agentes patogénicos. O Pirbright
Institute possui as patentes de cinco novos tipos diferentes de coronavírus,
mas também criou e patenteou uma grande variedade de outros agentes patogénicos,
incluindo (com financiamento de Gates) “genes de mosquitos planeados” (de
facto, são insectos criados como armas), que alguns acreditam ser a fonte
original dos mosquitos da Oxytech que libertaram o vírus Zika. (22) (23)
Depois,
no fim de Janeiro, a Netflix lançou um
novo documentário chamado 'Pandemia: Como prevenir um surto', o qual alarmou
muitas pessoas pela coincidência do seu lançamento, enquanto o coronavírus se
está a espalhar pelo mundo.
Alguns
desvalorizaram essa ocorrência como sendo um truque publicitário elaborado, mas
o seu conteúdo é muito pormenorizado e ligado ao coronavírus chinês para ser um
acidente. A série examina o sistema de saúde em todo o mundo, discute possíveis fontes de vírus que poderiam causar uma pandemia mundial e examina a
capacidade da Humanidade de lidar com essa mesma pandemia. Dado que o
documentário exigiu algum tempo para a produção, muitos cidadãos preocupados na
Internet estão a questionar se a Netflix tinha conhecimento prévio. É um
documentário alarmista, incentivando o público a "ter mais medo dos vírus
influenza e respiratório (corona), com frases como “A Pandemia acontece agora”, “Procure, não
esconda”, “As Orações podem ser uma solução”. Também concentra a atenção no
“sector privado” como sendo o salvador do mundo, com vacinas produzidas pelas
empresas do sector privado (e com fins lucrativos). (24) (25) (26)
Noutro
artigo depreciativo, a CNN afirma, “Historicamente, uma quarentena de massa é
uma resposta agressiva que está longe de ser perfeita. No passado, conduziu a
consequências políticas, financeiras e sociais.”
Lawrence Gostin,
Professor de Direito da Saúde Mundial, na Universidade de Georgetown e Director
do Centro de Direito da Saúde Mundial, da Organização Mundial da Saúde, disse
que foi uma medida “sem precedentes” e que ele considerou, “muito imprudente”.
“Nunca antes foi tentada a esta escala”, disse à CNN. “Há poucos indícios da
sua eficácia. E considero que há boas razões para pensar que o tiro poderá sair
pela culatra, de acordo com a perspectiva social, da saúde pública e dos
direitos humanos.”
A CNN
afirma que pode conduzir a “problemas logísticos”, que apenas a palavra “quarentena” provocará pânico e histeria.
Aparentemente, também existem “implicações dos direitos humanos”, afirmou um
especialista dos EUA, “não considero que possa impor uma quarentena em massa a
30 milhões de pessoas sem violar os direitos humanos”. O mesmo especialista
afirmou que essa medida poderia facilmente estimular a violência pública e a
desconfiança nas autoridades de saúde, e que haverá amplas “consequências
financeiras e sociais” e “impedirão a actividade económica local”. Gostin então
afirmou que “é essencial obter o apoio das pessoas que está a proteger”,
disse, “e é sempre melhor do que obrigar as pessoas a seguir ordens”.
Parece
que, para a China, é amaldiçoado se o fizer e é amaldiçoado se não o fizer. (27)
Outros editores na comunicação mediática e na internet insinuam ou alegam,
regularmente, que o novo coronavírus “escapou do Laboratório de armas
biológicas de Wuhan”, outro exemplo de autores que que fazem alegações sem ter
qualquer conhecimento pessoal dos factos. A Universidade de Wuhan engloba o
Instituto Wuhan de Virologia, que é um dos principais laboratórios de
bio-segurança do país e que trabalha com a OMS e outros grupos internacionais
como parte de uma grande rede que estuda agentes patogénicos de todo o mundo,
assim como todos os outros institutos. Vi muitas insinuações ou acusações de
que o Instituto é um laboratório de armas biológicas, mas estas argumentações são
feitas sem provas de apoio. Tenho conhecimento do Instituto e o mesmo exerce uma actividade estritamente civil. Nunca esteve associado a pesquisas
biológicas militares ou de combate.
*
Larry Romanoff é
consultor de administração e empresário aposentado. Ocupou cargos executivos de
responsabilidade em empresas de consultoria internacionais e possuía um negócio
internacional de importação e exportação. É Professor visitante da Universidade
Fudan de Shangai, apresentando estudos de caso em assuntos internacionais para
as classes adiantadas do EMBA. Romanoff mora em Shanghai e, actualmente, está a
escrever uma série de dez livros, geralmente relacionados com a China e com o
Ocidente. Pode ser contactado por email: 2186604556@qq.com. É colaborador frequente do site Global
Research.
Notas
(9)
en.people.cn/n3/2020/0125/c90000-9651777.html
(10)
https://global.chinadaily.com.cn/a/202001/25/WS5e2b76faa3101282172732ab.html
The original source of this article is
Global Research
Copyright © Larry Romanoff,
Global Research, 2020
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com