Os
Testes do coronavirus ainda não estão disponíveis em New York City
Global Research, March 06, 2020
Todos os relatórios referem que o
Centro de Controlo de Doenças (CDC) dos EUA não está a testar o novo
coronavírus COVID-19 e que, de qualquer modo, não existem testes credíveis nesse país. Esta é uma área desprovida de explicação racional.
Os EUA podem ter muitos milhares de
infecções de coronavírus, mas ninguém sabe porque motivo o CDC não está a testá-los.
O CDC produziu uma série de kits de
testes que produziram resultados aleatórios, positivos ou negativos, seguidos
de instruções para recusá-los como não confiáveis. (1) Vários estados dos EUA
disseram que os novos kits de teste de coronavírus não funcionaram, enquanto
outros disseram que eram totalmente não confiáveis. (2) A cidade de Nova York
relatou que os testes emitidos pelo governo estão com defeito e “não se pode acreditar que forneçam um resultado preciso”. Estes kits defeituosos também foram
enviados para todo o mundo, mas tanto quanto eu saiba, o CDC não transmitiu
estas informações a ninguém fora dos EUA.
Aliás,
os hospitais americanos têm dado alta a pacientes infectados baseados nestes
testes defeituosos, tendo o CDC explicado que houve muitas situações em que os
resultados dos testes alternaram entre negativo e positivo nos mesmos
pacientes. (3)
Uma
fonte da comunicação mediática dos EUA disse que a Califórnia tinha só 200 kits
de teste adequados em todo o estado e muito poucos em qualquer parte do país,
mas não pude encontrar nenhuma prova de que o CDC esteja a preparar novos kits
de teste, não estando, ao que tudo indica, a fazer nada. Afigura-se que a razão
pela qual o CDC não pode reivindicar nenhuma infecção de COVID-19 é porque não
estão a testar e, de qualquer modo, não são capazes de produzir testes fidedignos.
Pode ser divertido ridicularizar os EUA por serem incapazes de produzir um
teste correcto, mas os americanos não são incompetentes, o que infelizmente
levanta muitas questões.
Parece
bizarro que, embora o CDC possa desenvolver e aplicar rapidamente testes
correctos em todo o país, à primeira vista,
preferem não fazê-lo, no momento em que a Califórnia e outros estados já
declararam o estado de emergência e a Casa Branca cancelou voos para a China e
solicitou biliões de dólares para o financiamento do combate ao vírus.
De
acordo com as notícias da comunicação social, os EUA realizaram apenas cerca de
450 testes, enquanto nações muito mais pequenas testaram muitas dezenas de
milhares de indivíduos. (4) Ainda mais surpreendente é que, ao que tudo indica,
o CDC recusa-se a testar infecções
de COVID-19. Segundo fontes desconhecidas, a primeira infecção nos Estados
Unidos não foi testada senão depois do paciente estar num ventilador, na
Unidade de Cuidados Intensivos durante quase uma semana. O hospital comunicou
que “não foram capazes de fazer-lhe o teste durante cinco dias, afirmando que o
CDC se recusou a testar vítimas que não tinham viajado para regiões atingidas
por surtos”. Afigura-se que o CDC se negou, simplesmente, a administrar um
teste, se bem que o paciente estivesse em estado crítico. (5)
Entretanto,
uma empresa chinesa iniciou a produção
em grande quantidade de um teste rigorosamente exacto para a determinação do
COVID-19, que recebeu o mais alto nível de certificação europeia e que agora
está a ser comercializado em todo o mundo. A empresa de sequenciamento de
genomas da China, BGI, recebeu reconhecimento internacional e imenos pedidos
dos seus kits de detecção do novo coronavírus. Já enviou centenas de milhares
para mais de 25 países e está a processar encomendas de mais de 25
nações. Por exemplo, se o CDC quisesse testes correctos, podia simplesmente,
encomendá-los à China. (6)
O
CDC considera que esta temporada de gripe tenha abrangido, pelo menos, 29 milhões
de doentes, 280.000 hospitalizações e 16.000 óbitos (16), mas o Japão e Taiwan declararam que os óbitos de americanos causados pelo
coronavírus (potencialmente na casa dos milhares) estão a ser enterrados com
infecções não testadas e cujas mortes são atribuídas à gripe sazonal. Se estas
mortes foram testadas, os resultados não estão a ser divulgados. (7) (8)
O
site de notícias chinês Huanqiu (9)
referiu um caso nos EUA em que o parente de uma mulher foi informado pelos
médicos de que ela faleceu de gripe, mas cujo atestado de óbito declarava o
coronavírus como a causa da morte. Em 26 de Fevereiro, a afiliada da ABC News, a
KJCT8 News Network, informou que uma
mulher disse recentemente a esse meio de comunicação social que a sua irmã
morreu infectada pelo coronavírus. Almeta Stone, moradora em Montrose,
Colorado, disse:
“Eles (a equipa médica) informarm-nos que era
gripe e, quando recebi o atestado de óbito, estava referido um coronavírus como a causa da morte." (10)
Não
podemos determinar o número destes casos nos EUA, mas como o CDC, ao que tudo
indica, não possui kits de testes credíveis e está a levar a cabo poucos ou
nenhuns testes do vírus, pode haver outros. Como afirmei num artigo anterior
(11), os virologistas do Japão e Taiwan chegaram à conclusão de que esse facto
pode indicar que o coronavírus já se tinha espalhado nos EUA, onde os
sintomas estavam a ser oficialmente atribuídos a outras doenças e, por
conseguinte, possivelmente mascarados.
O
que se segue foi relatado em pormenor na comunicação social chinesa de destaque
que, normalmente, não publica nada de especulativo. O Dr. Paul Cottrell,
americano, diz que recebeu a cópia de uma mensagem entre um funcionário do
CDC dos EUA e um ouvinte do seu canal.
De
acordo com a página oficial do CDC, o número total de casos confirmados de coronavírus
nos EUA era de 35 à época (21 de Fevereiro de 2020), mas a mensagem copiada
para Cottrell dizia
“Já houve mais de 1.000 casos nos EUA,
embora, no noticiário, por enquanto estejam a manter a situação tranquila, e a
relatar muito menos casos a público”.
Na
mensagem, a suposta fonte do CDC afirmou que “o CDC suspeita de casos em cerca
de 32 estados, neste momento”. Cottrell diz que até ao momento não conseguiu
obter confirmação do CDC sobre a mensagem ou do seu conteúdo, mas também não negou.
Cottrell é Doutorado, tendo concluiu estudos de pré-Medicina,
actualmente, está matriculado no programa de Mestrado de Biologia, em Harvard.
(12)
Mais
ainda, um funcionário superior do Departamento de Saúde e Serviços Humanos
(HHS) está agora a procurar obter protecção federal contra tentativas de silenciá-lo
depois de alegar que o Governo dos EUA não estava a tomar as devidas precauções
contra o surto de COVID-19. A denúncia alegava que os funcionários federais de
saúde foram “instalados inadequadamente” para ajudar os americanos em
quarentena evacuados de Wuhan, na China, e “não estavam treinados e equipados adequadamente, para funcionar numa situação de
emergência de saúde pública”, de acordo com um relatório do Washington Post e com porções da denúncia apresentada por outros meios de comunicação social. (13)
Há
outra faceta muito curiosa deste problema ostensivo. Em Agosto de 2019, o CDC
encerrou completamente o Laboratório Militar de Armas Biológicas dos EUA, em
Fort Detrick (USAMRIID) devido a “riscos de segurança biológica”. Emitiram uma
ordem de encerramento das instalações e de toda a pesquisa ser imediatamente
suspensa até novo aviso, mas, curiosamente, a comunicação mediática dos EUA
quase não tomou nota deste acontecimento. Poder-se-ia imaginar que, à luz de
uma medida tão drástica, seria obrigatória a realização de testes galopantes,
mas neste caso é visível que tal não aconteceu. No entanto, a comunicação
mediática de Taiwan relatou infecções provocadas pelo COVID-19 de residentes de
Taiwan originários dos EUA (Havaií), em Setembro de 2019. Os Jogos Militares
Mundiais foram realizados em Wuhan, durante as últimas duas semanas de Outubro.
(14) (15) (16)
Vale
a pena mencionar que não foi a primeira vez que estas preocupações surgiram.
Entre 2005 e 2012, a data mais recente para a qual tenho números precisos, o
CDC dos EUA recebeu 1.059 “relatórios de fuga” - uma média de um incidente num
curto espaço de tempo de alguns dias que envolviam “roubo, perda, fuga a causar
exposição ocupacional, ou libertação para o exterior das barreiras essenciais
de biocontenção”de agentes patogénicos perigosos. Há dez anos, o New York Times e a comunicação mediática
do Ocidente atacaram a China, devido a várias pequenas fugas de um vírus, mas
os americanos tiveram 1.057 fugas mais perigosas do que a da China, durante o
mesmo período, muitas delas abrangendo agentes patogénicos mortais. (17) (18)
(19) (20) (21) (22)
*
Aos leitores: Agradecemos a
divulgação deste artigo através das vossas listas de email e publicação nos
vossos blogs, fóruns na Internet, etc.
*
Larry Romanoff, consultor de administração e empresário
aposentado, ocupou cargos executivos de responsabilidade em empresas de
consultoria internacionais e possuía um negócio internacional de importação e
exportação. Professor visitante da Universidade Fudan de Shangai, apresenta
estudos de casos de assuntos internacionais para as classes adiantadas de
*EMBA. Romanoff reside em Shanghai e está, actualmente, a escrever uma série de
dez livros, geralmente relacionados com a China e com o Ocidente. Pode ser
contactado através do email: 2186604556@qq.com. É colaborador frequente do site
Global Research.
EMBA =
Executive Master of Business Administration (EMBA). O Mestrado Executivo em Administração
de Empresas (EMBA) é um programa de graduação universitária direccionado,
especificamente, a executivos e gerentes empresariais que já estão inseridos no
mercado de trabalho.
Notas
A fonte original deste
artigo é o site Global Research
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com