A
Humanidade numa Encruzilhada
Relacionando
os acontecimentos com o nosso Admirável Mundo Novo
17 de Junho de 2020
A Humanidade
está no topo, num ponto de transição entre dois estados diferentes de
governação e de existência. O mundo de hoje é como um saco que está a ser
enchido lentamente enquanto a corda ao redor da abertura está cada vez mais
apertada para impedir que o conteúdo escape do confinamento. As sombras deste
futuro estão em toda parte para serem vistas, mas até o mais perspicaz dos
observadores tende a ver os presságios não como os avisos que são, mas considera
todas estas peças de um quebra-cabeças desesperante como sendo acontecimentos separados
e não relacionados. Neste ensaio, veremos para onde o nosso mundo se está a
encaminhar.
Por
mais sombria e angustiante que possa ser a minha visão, o homem não pode
esconder o que Deus irá revelar.
Este
pôr-do-sol da vida dá-me uma história mística,
e
os acontecimentos futuros projectam a sua sombra antecipadamente.(1)
Não é
preciso ser profeta ou oráculo para fazer as ligações e expor
o plano. Outra questão é convencer os leitores comuns da verdade dos factos. O
filósofo alemão Arthur Schopenhauer
escreveu que toda a verdade passa por três fases. Na primeira, é
ridicularizada. Na segunda, é violentamente contrariada. Na terceira, é aceite
como evidente por si mesma. Estamos a meio caminho entre a primeira e a
segunda fase, onde os defensores da exposição ainda são amplamente ridicularizados,
mas, se conquistarem um auditório progressista, serão violentamente atacados.
Para
onde vamos – Governo Mundial Único
Para não
sucumbirmos à tentação de considerar este assunto como mais uma teoria da
conspiração extravagante, será sensato considerar estas citações:
David Rockefeller, num
discurso perante a Comissão Trilateral,
referindo-se ao Grupo Bilderberg, cuja existência foi negada com veemência e
ridicularizada durante décadas como sendo, apenas, mais uma teoria da
conspiração:
“Estamos
gratos ao Washington Post, ao New York Times, à revista Time e a outras grandes publicações
cujos directores compareceram às nossas reuniões e respeitaram as promessas de
discrição durante quase quarenta anos. Seria impossível desenvolvermos o nosso
plano para o mundo se estivéssemos sujeitos,
durante todos estes anos, às luzes brilhantes da investigação minuciosa
do público. Mas agora o mundo está mais sofisticado e totalmente preparado para
marchar em direcção ao nosso governo mundial único. A
soberania supranacional das nossas elites e dos banqueiros do mundo é,
indubitavelmente, preferível para o globo como um todo.”(2)
Montagu Norman,
Governador do Banco de Inglaterra antes do colapso de 1929, dirigindo-se à
Associação de Banqueiros dos Estados Unidos, Nova York, Idaho Leader, em 26 de Agosto de
1924:
“Quando,
por intermédio de processos judiciais, as pessoas perdem as suas casas, elas tornam-se
mais dóceis e mais facilmente dominadas pelo braço forte de um governo aplicado
por um poder central de riqueza, através de financiadores respeitáveis. Estas
verdades são bem conhecidas entre os nossos respeitáveis funcionários superiores,
que estão agora empenhados em formar um imperialismo para governar o mundo. ” (3)
O
banqueiro Paul Warburg, ao testemunhar
perante o Senado dos EUA, em 17 de Fevereiro de 1950, declarou:
“Iremos ter um governo mundial, quer gostem,
quer não gostem. A única questão é se esse governo será alcançado pela
conquista ou por consentimento. ” (4)
Vamos
ver rapidamente um exemplo de cada um dos cenários de 'conquista' e de 'consentimento'
no Iraque e na Grécia, mas deixem-me declarar que existem, literalmente,
milhares de declarações semelhantes que remontam há mais de 100 anos
(suficiente com notas de rodapé para preencher um Livro de 300 páginas), de
autores e personalidades famosas e obscuras, mas todas contendo essencialmente
a mesma mensagem - que os poderes financeiros da Europa e da América estão a
planear um governo mundial super-soberano sob o seu controlo absoluto. Seria
preciso ser um tolo para ignorar o volume total de confirmações.
Um
Rápido Olhar para a Grécia
A Grécia
é agora um estado falido, um exemplo quase perfeito do nosso futuro, o ideal definitivo
para aqueles que planeiam o mundo que está a chegar. Levados à falência por
empréstimos que não se podem pagar, os dirigentes da Grécia deitaram a perder a
única oportunidade de sobrevivência do seu país como Estado soberano e, em vez
disso, capitularam totalmente, aceitando medidas draconianas destinadas a
empobrecer perpétuamente a sua população, enquanto privatizavam a nação inteira
de uma só vez. Os banqueiros internacionais pressionaram a Grécia para colocar toda
a infraestrutura do país num denominado ‘trust’ [fieicomisso] (controlada por “uma
empresa independente sediada em Luxemburgo), que, de acordo com as instruções dadas
pela autoridade competente, estaria “inteiramente fora do alcance ou
influência” do governo grego. Os banqueiros e os seus amigos irão agora apropriar-se de tudo, segundo os preços
fixados que eles estipularem.
A Grécia
foi amedrontada por um pacote de reformas com graves medidas de austeridade e
cortes de despesas. O governo reduziu as despesas em todos os sectores, eliminou
25% das posições no serviço público, reduzindo os salários em 30% aos que
restaram. A Grécia foi forçada a aumentar a taxa do IVA, reduzir (e eliminar)
pensões de reforma, a aumentar a idade da reforma, aumentar o imposto sobre as
sociedades nacionais e, ao mesmo tempo, diminuir os impostos do 1% dos
nacionais mais abastados e das empresas
estrangeiras, tomar medidas drásticas para “melhorar a cobrança de impostos e
combater a evasão fiscal.”. Naturalmente, a economia entrou instantaneamente em
colapso, perdendo cerca de um quarto do seu tamanho, com o desemprego acima de
25% e o desemprego dos jovens acima de 50%, deixando a maioria das famílias sob
considerável esgotamento financeiro.
O
governo também foi forçado a estabelecer teoricamente uma nova constituição,
com funcionários do Eurocrats e do FMI não só a redigir as novas leis, mas
também tendo veto sobre toda a nova legislação, o que permitiu incorporar na
lei a falta de infraestrutura social e a pobreza perpétua, destruindo a soberania do Estado. Para garantir o cumprimento das directrizes da austeridade, a Grécia
é obrigada a renunciar ao controlo do policiamento de todas as partes
principais da sua economia. Os funcionários do Eurocrats e do FMI não só
elaboraram as novas leis, como também os funcionários da União Europeia - ou seja, os
bancos - foram colocados dentro de todos os ministérios, com autoridade para
garantir os fundos de conformidade e controlo. Os gregos agora odeiam os
europeus amargamente, acreditando que o poder destes credores estrangeiros de “vasculhar
todos os departamentos do governo em solo grego” é um insulto à soberania
grega, com a Grécia de facto e na realidade a enfrentar agora não só a
austeridade, mas também a governança externa.
O
Ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis,
renunciou ao cargo em vez de participar na destruição do seu país, acusando os
banqueiros e o BCE de usar a “asfixia da liquidez” para colocar o país de
joelhos, ao declarar:
“Os custos exigidos à Grécia são tão
penalizadores que são quase impossíveis de pagar”. Disse ainda que “A escolha
mais humilhante e insuportável é um acordo que irá subjugar e saquear o nosso
país e irá escravizar o nosso povo. O Banco Central Europeu cortou toda a
liquidez e os credores destruíram, simplesmente, o nosso país.”
A
economia da Grécia ficou quase paralisada, com toda a economia mudando para
dinheiro vivo. O sistema de pagamentos local está a entrar em colapso, visto
que ninguém quer aceitar transferências para contas bancárias que possam ser
apreendidas em qualquer momento e os gregos recordam muito bem os recentes
acontecimentos recentes no Chipre, onde os mesmos banqueiros apreenderam de 50%
a 90% de todas as contas bancárias de tamanho significativo, incluindo fundos
de pensões e (para alegria de muitos) todas as contas mantidas pelos russos.
Muitos cipriotas viram desaparecer as suas economias devido ao banco central ser
de propriedade privada.
O
governo dos EUA fez algo semelhante aos seus cidadãos em 1933, apoderando-se do
ouro dos americanos - nas profundezas da Grande Depressão. Em 1933, o Presidente
Roosevelt proclamou uma Ordem Executiva que proibia os cidadãos dos EUA de
reterem ouro, forçando todos os indivíduos a entregarem todo o ouro, moedas e
certificados ao Tesouro (na verdade ao FED) em troca de dólares (em papel). (5) (6) Essencialmente, todo o ouro existente no país foi nacionalizado. Logo após
o FED assumir a propriedade directa de todas as participações americanas em
ouro, o dólar em moeda papel foi desvalorizado em cerca de 60%, elevando o preço
real do ouro numa quantidade equivalente e enganando os cidadãos dos EUA em
biliões de dólares.
A Grécia
praticamente deixou de existir como nação soberana e há muitas outras nas
mesmas condições, incluindo o Chipre, Haiti, Somália, Iraque, Líbia, Balcãs,
Panamá, Nicarágua. Isto não é novidade. Citando William Blum:
“Foi sob a influência da Administração Reagan
que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial começaram a impor
amplamente o pacote de políticas conhecido como ajuste estrutural – salientando
a desregulamentação, a privatização, o destaque nas exportações, os cortes nas
despesas sociais - que mergulhou na miséria económica, país atrás de país, no
mundo em desenvolvimento,”.
O
Director Geral do FMI na época [Jacques
de Larosière] foi sincero sobre o que estava para chegar, dizendo em 1981
que, para os países de baixo rendimento, “o ajuste é particularmente caro, em
termos humanos”. (7) (8)
No que
respeita a Grécia - como em todos os casos em que o imperialismo assumiu o
controlo - a nação está cercada por uma
manta de notícias através da qual pouco ou quase nada escapa, com a
condescendência (ou submissão aterrorizada) de todos os meios da comunicação
mediática, afastando o país da mente pública mundial.
Uma
olhada ao Iraque
É sabido
que os EUA lançaram uma guerra devastadora contra o Iraque, injustificadamente
criminalizada e baseada inteiramente em falsidades, e contra o conselho dos
seus próprios militares, alguns no Pentágono rotulando essa ideia de “louca”.
Em 2013, a comunicação mediática americana divulgou uma retirada militar dos
EUA do Iraque, mas os EUA nunca tiveram a intenção de deixar o Iraque. O mito
da retirada foi apenas uma tentativa feita através das relações públicas “de
excluir o Iraque da consciência colectiva do público, de fazê-lo desaparecer
para que eles pudessem trabalhar em silêncio, sem investigação pública”. É verdade que foram
fechadas várias centenas de pequenas bases militares, mas há outras 40 ou 50
bases muito grandes, que foram construídas para ficar em permanência e que
nunca serão fechadas.
A Embaixada
dos EUA em Pequim contém mais de 1.200 pessoas, mas a Embaixada dos EUA em
Bagdade contém mais de 16.000 pessoas, a maior e a mais cara do mundo,
compreendendo mais de 100 acres, maior do que a Cidade do Vaticano, e cuja
construção custou mais de 2 biliões de dólares. É uma cidade independente,
fortemente armada e fortificada no centro de Bagdade, centralizada no antigo
palácio de Saddam e contendo mais de 20 edifícios cercados por paredes de 6
metros e totalmente auto-suficiente no que diz respeito a electricidade, água e
todas as outras funções, é o quartel general permanente do império americano,
no Médio Oriente. A partir daqui, em conjunto com a "Embaixada" dos
EUA em Yerevan, na Arménia, que contém 6.000 pessoas (a segunda maior embaixada
do mundo), os EUA podem espalhar os seus brutais tentáculos imperiais sobre uma
faixa alargada da Mesopotâmia e do Médio Oriente.
O Novo Controlo
Legislativo do Iraque
O
governo do Iraque é um governo fantoche quase insignificante. A primeira acção
da Autoridade Provisória de ocupação foi reformular a constituição e os códigos
de leis do Iraque, ao declarar uma série das designadas 100 “Ordens Provisórias” promulgadas pelo
americano Paul Bremer. Essas Ordens Provisórias foram promulgadas com a força
de leis iraquianas antes dos Estados Unidos entregarem o governo
dessa nação aos iraquianos e essas mesmas Ordens Provisórias têm a autoridade
máxima de todas as leis no Iraque, uma autoridade tão elevada que “essas
leis não podem ser revogadas por nenhum governo iraquiano posterior”. São
perpétuas. (9)
As ordens
57 e 77 garantem o controlo total do Iraque, colocando auditores e inspectores
gerais nomeados pelos EUA em todos os Ministérios do governo, com ampla
autoridade em contratos, programas, funcionários e regulamentos. Essas ordens
estipulam que os EUA devem aprovar todas as nomeações dos altos funcionários do
governo e todos os candidatos a cargos eleitos. É frequentemente relatado que
os oficiais militares americanos entram, livremente, nas reuniões dos
gabinetes, fazendo exigências ou dando instruções respeitantes às decisões
políticas a ser tomadas. Uma das primeiras acções de Bremer foi encerrar quase
200 empresas estatais e transferir os sectores industriais para as empresas americanas,
lançando mais de 500.000 pessoas no desemprego. Ele encarregou-se do controlo da comunicação
mediática iraquiana e, por capricho,
interditou-a às contestações de, praticamente, toda a gente.
As Ordens
Provisórias de Bremer permitem que as multinacionais
estrangeiras privatizem todo o país, incluindo toda a infraestrutura física e
social e todo o comércio. Elas reservam às empresas de petróleo estrangeiras, o
direito exclusivo a, pelo menos, 65% das reservas de petróleo do país e a
determinar a distribuição da receita e do lucro dos restantes 35% destinados ao
Iraque.
Ø A Ordem
39 permite a remessa isenta de impostos de todos os lucros corporativos
estrangeiros.
Ø A Ordem
81 estipula que todos os agricultores iraquianos têm de usar sementes GM
(geneticamente modificadas) da Monsanto para todas as culturas plantadas no
país, sendo proibido o uso de qualquer reserva de sementes existentes de herança/origem
iraquiana.
Ø A Ordem
17 garante que todos os americanos e indivíduos contratados estrangeiros no
Iraque, não estarão sujeitos à lei iraquiana.
Ø As Ordens
Provisórias estabelecem que “todos os elementos treinados das forças armadas
iraquianas estarão sempre sob o controlo operacional do comandante americano”.
Ø A Ordem
56 cria um novo Banco Central (estrangeiro) de propriedade privada.
Examinando
as Leis Bremer
Fui
encarregado, inesperadamente, de redigir legislação a nível nacional e posso
testemunhar que não é algo que se faça
em dez minutos, tomando uma chávena de café. A tarefa requer uma experiência extraordinária numa área
específica e uma facilidade mais do que adequada na elaboração da redacção jurídica.
Ao alterar a legislação, é fundamental possuir uma familiaridade perfeita com o
conteúdo da lei existente e, mais importante ainda, uma apreensão completa de
toda a série de consequências potenciais de uma selecção específica da redacção
jurídica.
Consideremos
o enquadramento da legislação para um sistema nacional de saúde. É evidente que
precisamos de um ou mais especialistas médicos intimamente familiarizados com
todo o conjunto de serviços de saúde e com uma apreciação geral da
infraestrutura necessária, mas também precisamos de uma vasta experiência no
planeamento do sistema de atendimento para esses cuidados, bem como nas
implicações tributárias do financiamento. Será muito raro encontrar esta
combinação de conhecimentos numa única pessoa, para não falar do conhecimento
jurídico necessário para redigir a enorme quantidade de legislação apropriada.
Se adicionarmos o seguro médico a esta mistura, torna-se visível que precisamos
de uma equipa inteira de especialistas e de um período de tempo considerável
para criar o quadro jurídico necessário. Além do mais, excepto para os assuntos
mais simples, quase nunca confiaríamos na opinião ou no julgamento de uma única
pessoa em qualquer campo, ampliando assim, consideravelmente, o número de
participantes desta equipa.
As leis
de Bremer abrangeram praticamente todo o conjunto da sociedade iraquiana,
incluindo impostos, transportes e assistência médica, a fundação de um banco
central de propriedade privada, uma nova moeda iraquiana e uma série completa
de leis sobre investimentos estrangeiros, bancos e mercados de valores
mobiliários, empresas estatais, uma nova lei
eleitoral que governa partidos e eleições. Havia novas leis que governavam a
indústria petrolífera do país,o controlo dos media, leis que lidavam com
empresas adjudicatórias estrangeiras, auditoria de departamentos
governamentais, um novo código penal, instalações de detenção e prisão, controlo
das fronteiras, portos e aeroportos do Iraque, um Ministério da Ciência e Tecnologia,
uma revisão completa do Código do Trabalho, vasta legislação sobre marcas
registadas, patentes, design e uma revisão geral das IP (Intellectual Property
laws),Leis da Propriedade Intelectual Relacionadas com patentes, invenções,
etc.) leis inteiramente novas que controlam a agricultura e que incluem
sementes GM (geneticamente modificadas) e muito mais.
Deveria
ser óbvio que ninguém poderia possuir a experiência necessária em todas estas
áreas, e nada nos antecedentes de Bremer sugere capacidade de ilação em nenhuma
delas. Além do mais, muitas dessas partes da legislação eram extremamente
complexas, cada uma contendo um grande número de páginas de redacção jurídica
precisa que levaria vários meses a ser redigida. O que significa haver um
grande número de equipas numerosas que se reúne regularmente durante vários meses
para finalizar os rascunhos, mas também implica relatórios obrigatórios submetidos
a um grupo de controlo sobre o progresso, sobre a orientação em relação à
intenção geral de cada parte da legislação, com aprovação periódica de direcção,
conteúdo, e resultado final. No entanto, Bremer promulgava estas novas ordens
na proporção de três ou quatro por semana, tendo a totalidade das 100 Ordens
Provisórias sido produzida em cerca de dez meses.
A
elaboração destas leis exigiria pelo menos centenas de especialistas, talvez
mais de 1.000, e um longo período de preparação. Bremer foi nomeado para o
Iraque em 9 de Maio de 2003 e emitiu sua primeira Ordem (sobre a Des-Ba'atificação
da Sociedade Iraquiana) em 16 de Maio. Isto dificilmente daria tempo suficiente
para superar o ‘jet lag’, muito menos para obter uma apreciação do que era a
sociedade Ba'ath e, menos ainda, a justificação e as consequências de
exterminá-la. Bremer então emitiu outras 30 ou 40 leis nos meses seguintes,
incluindo todo o código penal, bancos e investimentos, forças militares e muito
mais.
A Ordem
56 sobre a criação do novo banco central de propriedade privada é um documento
imenso que exigiria meses de preparação. As leis de sementes foram quase
certamente escritas pelos advogados de Monsanto e Cargill, et al (e outros). As
outras são parecidas. É óbvio que essas leis foram escritas antecipadamente por
executivos e advogados de bancos e corporações multinacionais em todo o mundo e
foram simplesmente entregues a Bremer para promulgar. Também é evidente que
essas leis foram planeadas e sistematizadas muito antes dos EUA invadirem o
Iraque. Para acrescentar a esta equação, temos o facto de que as leis não foram
elaboradas por nenhum departamento do Governo dos EUA, visto que nem a Casa
Branca tinha conhecimento específico de nenhuma das actividades de Bremer e o
Congresso dos EUA tinha sido marginalizado e silenciado de antemão.
A
Nomeação de Bremer
Vamos
voltar atrás, por um momento, para examinar a nomeação de Bremer como Director
da Autoridade Provisória da Coligação e Presidente interino do Iraque. A
narrativa higienizada diz-nos que Bremer foi seleccionado pelo Presidente Bush,
mas não há indícios de que Bush tenha conhecido Bremer ou escutado mesmo o seu
nome; o homem teve no passado, nomeações de menor importância, mas permaneceu
fora do governo durante mais de dez anos.
O Secretário de Estado, Colin Powell, já
tinha colocado o Tenente General Jay Garner, como sendo a autoridade máxima no
Iraque e planeava acrescentar Zalmay Khalilzad, um iraquiano com amplo
conhecimento local para ajudar Garner. De repente e sem explicação (enquanto
Powell estava fora da cidade), Bremer foi retirado do nada e nomeado para
substituir Garner - para grande surpresa de Powell, de Rice e de todos os
outros. De acordo com o registo publicado, Powell ligou para Rice ao regressar
e perguntou: “O que é que está a acontecer? O que é que aconteceu?” Rice
provavelmente respondeu: “Não sei. Não tive nada a ver com isso”. A nomeação de
Bremer não foi só uma surpresa, mas foi também contra a vontade declarada do
Presidente, do Secretário de Estado e do Conselheiro da Segurança Nacional do
país. Além de que, tanto a CIA como os militares se opuseram fortemente, a CIA
por não ter sido solicitada ou informada e os militares porque consideraram a
transferência a favor de um civil desinformado como perigosa e inútil.
Os factos
sugerem que o impulso veio de Henry
Kissinger, com quem Bremer esteve intimamente associado e foi Director Geral
da Kissinger Associates, durante 10 ou 12 anos até essa altura e o fio parece conduzir a Cheney ao ignorar o Presidente. Os factos não são claros sobre se
Bush foi aconselhado a obedecer ou se foi informado sobre o assunto antes do
seu anúncio. O conhecimento militar e a íntima familiaridade com o Iraque foram
considerados essenciais para esta posição, mas
Bremer não tinha nenhum deles. Quando Bremer assumiu a posição no Iraque, o
plano da Casa Branca era levar Khalilzad com ele, mas, numa reunião privada com
o Presidente Bush, Bremer insistiu que seria o único responsável, uma exigência
que Bush teve em consideração.
De
acordo com o organograma, Bremer reportava ao Secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, mas existem indícios
abundantes de que Rumsfeld ignorava totalmente Bremer bem como a sua actividade
e, por sua vez, Bremer fazia o mesmo em
relação ao Secretário de Estado. Rumsfeld tinha a reputação de mandarim do
controlo; tem sido amplamente documentado que ele esteve frequentemente
presente em Bagdade para dirigir as instalações de tortura e 'pacificação
militar' dos cidadãos iraquianos, e está, portanto, para além da lógica que ele
tivesse ignorado o seu subordinado mais importante - o “Presidente do Iraque”,
que foi encarregado de refazer o país inteiro, mas não há registos confiáveis de
que os dois caminhos se tivessem cruzado.
Bremer manteve o que parece ter sido uma posição totalmente independente e
inatacável, sem supervisão de nenhuma parte do governo dos EUA.
Rajiv Chandrasekaran, editor
assistente do The Washington Post e o
seu chefe de departamento em Bagdade na época, escreveu um livro intitulado ' Imperial Life in the Emerald City: Inside Iraq’s Green
Zone/Vida Imperial na Cidade Esmeralda: Dentro da Zona Verde do Iraque'. (9) Falou longamente sobre esse assunto, numa entrevista à PBS, em 2006. (10) Chandrasekaran alega que Bremer “viu o seu
palácio (de Saddam) lá em Bagdade, não como uma embaixada que tinha qualquer
obrigação de relatar os acontecimentos a Washington”, alegando, também, que praticamente
nenhuma informação fluia de Bagdade para Washington e que “foi dada a Bremer a
isenção” de revelar qualquer decisão através da Casa Branca.
De facto,
a trela de Bremer era tão longa e Bremer tão secreto que, quando a Casa Branca
queria informações, Condolezza Rice não poderia fazer melhor do que ter a sua
equipa do NSC/ National Security Council a
verificar no site da Autoridade Provisória da Coligação (CPA) - para ver se
eles podiam perceber o que estava a acontecer em Bagdade. Além do mais, Bremer
recusou ainda contratar alguém que não fosse “ideologicamente solidário” com os
seus verdadeiros objectivos ou que pudesse ter um “canal de retorno” para
Washington. “A sua única lealdade seria com Bremer.” Chandrasekaran diz que
tudo o que Bremer queria, conseguia, e que “acumulou bastante poder e
influência”. Em toda esta questão, o Congresso dos EUA não estava em lugar
algum que pudesse ser visto, totalmente afastado da supervisão ou do governo.
Uma Questão de Dinheiro
Pelo
menos 100 biliões e talvez até 200 biliões de dólares, a maior parte em dinheiro, tudo sob controlo de Bremer,
desapareceu, simplesmente, sem deixar rasto. Só o FED dos EUA enviou 40 biliões
em dinheiro por via aérea para o Iraque, a maioria não contabilizada. Milhões
de toneladas de petróleo iraquiano foram vendidas sem prestar contas dos
compradores e sem registo da disposição dos recebimentos. Uma quantidade enorme
mas suplementar de petróleo exportado não foi medida, não deixando registos do
volume ou dos pagamentos. Bremer tinha um quarto perto do seu escritório no
palácio de Saddam, que continha relatórios documentados de 600 a 800 milhões de
dólares em dinheiro, que era o seu fundo’privado de lama’ [fundo arrecadado
através de corrupção] e que não mostrava nenhum tipo de registo. Não houve supervisão
de nenhuma fonte. Foram repetidamente pagos biliões de dólares por contratos nos
quais não existiam provas de que o trabalho estava a ser realizado. Além de que,
o banco central do Iraque foi defraudado, pelo menos, em 20 biliões de dólares
em ouro (alguns relatórios afirmaram ser 60 biliões de dólares), além de biliões
não documentados em moeda estrangeira, que também não estão contabilizados.
Num caso,
um “projecto de reconstrução” foi apresentado ao “governo” iraquiano a custar
20 biliões de dólares, mas Bremer apresentou uma factura de 60 biliões. Quando
o Iraque se opôs, a resposta de Bremer foi: “Sejam agradecidos por vos termos
salv
o de Saddam”. Os 60 biliões foram pagos com as exportações de petróleo do
Iraque, mas não existe documentação sobre quem recebeu o dinheiro e nenhuma
prova de que qualquer trabalho real tenha sido realizado. Noutros casos, Bremer
pagou várias facturas de centenas de milhões de dólares cada uma delas,
referentes a salários devidos a milhares de trabalhadores, quando ninguém
conseguiu apresentar provas de que esses trabalhadores tenham alguma vez existido. (11)
Mais
tarde, foi criado um Conselho Internacional de Assessoria e Monitoramento
(IAMB) para levar a cabo a supervisão financeira independente das despesas da Autoridade
Provisória da Coligação (CPA) de Bremer, que incluía o Conselho da ONU, o Banco
Mundial, o FMI e o Fundo Árabe de Desenvolvimento Económico e Social. Esse
Conselho Internacional passou meses a tentar encontrar auditores aceitáveis
para os EUA, sendo o escritório da KPMG (Klynveld Peat Marwick Goerdeler) no
Bahrein, finalmente nomeado em Abril de 2004. Foi bloqueado. Eles declararam
num relatório intermédio:
“A KPMG
encontrou resistência da equipa da CPA em relação à entrega de informações
necessárias para concluir os nossos procedimentos.”
“Os auditores até tiveram problemas na
obtenção de passes para entrar na Zona Verde. Parece ter havido boas razões
para os americanos ficarem paralisados. No final de Junho de 2004, a CPA seria
dissolvida e Bremer deixaria o Iraque. Não havia maneira da Casa Branca querer que auditores independentes
publicassem um relatório sobre a propriedade financeira da sua administração
iraquiana enquanto a CPA ainda existia e com Bremer ainda na direcção, ele teria de
responder à imprensa. Por esta razão o relatório foi publicado em Julho.” (12)
A saída
de Bremer do Iraque levantou muitas questões. A transferência da governação
americana para a governação iraquiana foi feita dias antes da data publicada.
Foi realizada inteiramente de surpresa e literalmente em minutos. Bremer
embarcou rapidamente num helicóptero para o aeroporto, onde embarcou num avião
da Força Aérea dos EUA. Quando todos os iraquianos se retiraram da
cena, de repente ele desembarcou e tornou a embarcar num Gulfstream 4 privado,
que o levou de regresso aos EUA. Então ressurgiu em Vermont, como instrutor de
esqui.
Mas, há muito
mais. Geralmente, os auditores ou encontraram documentação inadequada ou não
acharam nenhuma para contabilizar quase
todos os fundos, não tendo maneira de saber quanto dinheiro foi realmente
roubado ou a quem foi pago. “Desde então, os investigadores passaram anos
tentando rastrear o que aconteceu com a enorme quantidade de dinheiro enviada
nos dias frenéticos da ocupação do Iraque. Embora tenha havido centenas de
páginas de relatórios, audiências no Congresso e consultas de Washington a
Bagdade, ninguém no Congresso, no departamento de um Inspector Geral especial, no
Departamento de Defesa ou no próprio governo iraquiano pode dizer com certeza o
que acontece, exactamente, com todos esse dinheiro.” (12)
Uma
Revisão
Vamos
rever o que temos até agora. Um grupo de homens poderosos decidiu que o Iraque
seria colonizado e pressionou Bush a usar as forças armadas dos EUA para
destruir e depois ocupar o país, por causa da objecção das forças armadas dos
EUA. Esse mesmo grupo afastou Garner e instalou Bremer como chefe do governo da
Ocupação da Coligação, não obstante as objecções unânimes do Presidente dos
EUA, do Secretário de Estado, do Conselho da Segurança Nacional, dos militares
dos EUA e da CIA. Bremer, que parecia ter poder ilimitado e sem supervisão, não
informou ninguém no governo dos EUA, as provas a sugerir que a Casa Branca e o
Gabinete, incluindo Donald Rumsfeld, superior directo de Bremer e o Presidente
dos EUA, foram proibidos de se intrometer ou mesmo fazer perguntas directas
sobre a sua actividade. As forças armadas dos EUA e a CIA manifestaram fortes
objecções - sem sucesso - a muitas das leis iniciais de Bremer, especialmente
sobre a sociedade Ba'ath e sobre o desmantelamento das forças armadas
iraquianas, afirmando que essas acções levariam a protestos perpétuos e a
derramamento de sangue.
Este
mesmo grupo de homens poderosos reuniu centenas de especialistas para elaborar
uma nova legislação destinada a controlar o Iraque, de acordo com seu plano
privado. Simultaneamente, o Iraque estava a ser saqueado inconscientemente,
abertamente e sem qualquer inibição
aparente, talvez num total de 200 biliões de dólares, que desapareceram sem
deixar rasto e sem informações sobre quem recebeu o dinheiro.
Tudo isto
foi feito sem nenhum benefício identificável para os EUA como nação ou para o
povo americano. Os EUA incorreram nos vários triliões de dólares do custo da
guerra no Iraque, sofreram todas as baixas no campo de batalha e foram
encarregados de ocupar o Iraque à sua custa e depois permanecerem calados. O
único dever visível do Congresso dos EUA foi conduzir uma investigação
enganosa dos biliões que faltavam e
depois varrer o assunto para debaixo do tapete. A comunicação mediática, obediente
como sempre, permaneceu calada em todos os assuntos que exigiam uma voz.
Quem são
eles?
Quem
eram essas pessoas, esse punhado de homens poderosos, que decidiram subjugar e
saquear o Iraque, os homens responsáveis pela redacção de todas as leis do
Iraque recém-promulgadas e, sem dúvida, os destinatários dos biliões que
faltam? Quem são esses homens que têm o poder de ordenar ao Presidente dos EUA
e aos militares para destruir um país inocente e ocupá-lo? Quem tem o poder de
controlar toda a infraestrutura do Iraque e pilhar todos os seus activos,
enquanto proíbe qualquer parte do governo dos EUA de interferir, apesar dos EUA
terem pago a factura por todo esse esforço? Da mesma maneira, quem eram os homens
com poder não de aterrorizar a Grécia a fim de obter a submissão
total e saquear toda a infraestrutura do país de uma só vez, mas para se incorporar
permanentemente no governo da Grécia e com autoridade para manter e garantir essa
submissão?
Estes
homens foram, são e serão os nossos novos donos do nosso Admirável Mundo Novo.
Mas há muito mais. Constatamos breves exemplos para onde estamos a ir – “por
conquista ou por consentimento”. Vamos deitar um rápido olhar sobre a maneira como o resto de nós está
a encaminhar-se para lá.
O Caminho
para a Ruína
A característica
dominante do nosso Mundo Novo será o controlo final das nossas economias e das nossas
nações, por um grupo de banqueiros e industriais internacionais - como serão as
nossas economias e como serão as nossas
vidas. A privatização é uma flecha nessa aljava
- colocar os activos públicos em mãos privadas - toda a infraestrutura
física e social das nossas nações, como vimos na Grécia e no Iraque - e que já
se aplica a mais do que algumas nações. Este processo é responsável pelo
impulso extremo que tem sido construído desde a década de 1970 e início da
década de 1980 a favor da privatização, sendo os EUA o melhor exemplo de
consentimento. Para as nações que resistem, essa é a causa da pressão da OMC
(Organização Mundial do Comércio) e de outros acordos para garantir toda a
infraestrutura em preparação para o colapso do mercado de acções e, em seguida,
comprar por centavos todos os activos de uma nação. A privatização inclui até
aquíferos e terra arável, tudo o que é de valor de valor e de necessidade para
a vida humana.
O mundo
precisa com extrema urgência de ver um mapa mundial da privatização tal como
existe hoje, diagramas de todas as nações exibindo todos os activos e
infraestrutura nacionais que já foram privatizados. O choque sofrido só de
vê-lo pode servir para despertar o mundo
e perceber até que ponto esta estratégia já progrediu. Como exemplo, após a
destruição da Jugoslávia, foi relatado brevemente que George Soros e Madeline
Albright tinham tomado posse de toda a rede de comunicações do Kosovo, com um
valor estimado em 800 milhões de dólares. A família de George Bush tomou posse de
milhões de acres do maior aquífero de água fóssil da América do Sul. Existem
literalmente milhares desses acontecimentos espalhados pelo mundo que não
receberam publicidade ou atenção, sendo considerados exemplos isolados em vez
de elementos cruciais de um vasto plano que tem aumentado de velocidade nos
últimos 60 anos. Está a ser dada extrema atenção ao controle da água doce do
mundo inteiro. O presidente da Nestlé foi filmado a afirmar que a água não é
um direito humano, mas uma mercadoria que deve ter um preço e ser vendida (e um
bem/posse da propriedade privada).
Não são
só os activos públicos que estão a ser “privatizados”. Este processo inclui a
criação de gigantes mundiais empresariais e bancários em todo o mundo,
engolindo os seus rivais menores até que, em cada nação, a maioria dos meios de
produção e distribuição estejam nas mesmas mãos, eliminando nação por nação os
principais produtores, até que nada de significativo permaneça. O controlo do
fornecimento de alimentos de uma nação faz parte deste esquema enormemente
ambicioso de governo e controlo mundial, daí o intenso esforço de intimidação
de todas as nações para aceitar sementes transgénicas. Esta semente tem dois
objectivos fundamentais. O propósito óbvio é que ele fornece às empresas
multinacionais de sementes, o controlo total virtual sobre o tecido fundamental
do fornecimento de alimentos de uma nação. O objectivo menos óbvio é que as
sementes G(eneticamente) M(odificadas) não foram inventadas pelas empresas de
sementes, mas pelas forças armadas dos EUA como arma ofensiva ou, mais precisamente,
como sistema de distribuição de armas biologicas. Hoje é sabido que muitos
agentes patogénicos letais podem ser entrançados nos genes das sementes GM. Os
donos do Admirável Mundo Novo terão uma alternativa para as nações
desobedientes: recusar o fornecimento de sementes e deixar a população passar
fome, ou juntar tifo, HIV, praga, às sementes e deixar a natureza seguir o seu
curso.
O plano
abarca a destruição da soberania nacional e do nacionalismo individual. O patriotismo
e a lealdade às nações são uma maldição que deve ser eliminada. Existem muitos
caminhos para fazê-lo. Uma é a repetição incessante da comunicação mediática, a
divulgar todo mundo contra o
nacionalismo económico ou qualquer outro tipo de nacionalismo. Outra é a
imigração, como está a ser realizada na Europa. Os candidatos económicos e
outros refugiados não têm sentimentos nacionalistas em relação ao país adoptado
nem se arrependem da soberania perdida. Quando uma nação atinge um nível de 30%
dessas pessoas, pode ser impossível despertar uma massa crítica de indignidade
que conduziria a protestos e tumultos.
Mas a
soberania não desaparece; só é substituída. Assim, outro grande elemento útil é
a transferência da soberania para os banqueiros e para as empresas
multinacionais, que foi o principal impulso do TPP nadomorto, onde os direitos
das empresas substituiriam os direitos do governo de uma nação e dos seus
tribunais supremos, sendo confiada, unicamente, nas mãos de pequenos grupos
compostos por advogados seleccionados por esse mesmo grupo. A tentativa do TPP
foi surpreendente na sua ousadia, uma quantidade aterrorizante de ‘bullying a
nações para transferir o poder absoluto para um grupo de pessoas totalmente
desconhecidas, a fim de estabelecer perpétuamente os direitos dessas pessoas de
saquear absolutamente todas as nações, conduzindo-as a uma pobreza abjecta.
Como exemplo, a recusa de vender cigarros de uma dada companhia de tabaco
desencadearia uma obrigação automática de pagar a essa companhia todos os lucros
- perpétuamente - que teria conseguido se estivesse totalmente livre da
regulamentação governamental.
Para
concluir este plano também é necessário a desestabilização e destruição concreta da
família, da sociedade organizada e da religião. Quando os bolchevistas
aplicaram os seus golpes comunistas em toda a Europa, o exemplo da Hungria é o
mais paradigmático. Quando os comunistas se apoderaram da Hungria e Bela Kun se
proclamou ditador, um de seus primeiros decretos foi nacionalizar quase toda a propriedade
privada e anunciar que o comércio privado seria punido com a pena de morte. Ele
confiscou, de imediato, praticamente toda a indústria e terrenos, e iniciou um
intenso ataque à religião enquanto fazia grandes esforços para minar e destruir
toda a moralidade pública, bem como os conceitos de Deus e religião. Instituiu um programa do que veio a ser conhecido como terrorismo cultural.
Como parte desse projecto, iniciou um programa radical de educação sexual nas
escolas húngaras, onde as crianças eram instruídas sobre o amor livre, relações
sexuais, a natureza arcaica dos códigos familiares da classe média, a desactualização
da monogamia e a irrelevância da religião que priva o homem de todos os prazeres. As mulheres foram motivadas a rebelar-se
contra os costumes sexuais da época, envolvendo-se em promiscuidade declarada.
O objectivo
declarado de promover a depravação entre mulheres e crianças era destruir a
família, a principal instituição do cristianismo e da cultura ocidental. Como
talvez o melhor exemplo actual, hoje podemos ver claramente em câmara lenta, a
evidência desse facto nos EUA, em grande parte com a forte promoção e até a
celebração da sopa de letrinhas de preferências sexuais e de dois homens que se
tornam 'marido' e ' esposa 'e adoptam meninos pequenos.
Em
termos de sociedade, essa é a causa da guerra de classes hoje em todas as
nações ocidentais, com o objectivo, como nas revoluções bolchevistas e nos EUA
em 2008, de matar ou levar à falência a burguesia, a classe média, enviá-los a
todos para a classe baixa, onde eles finalmente se tornam gado descartável e
sem tecto.
O
desastre de 2008 nos EUA foi, de um modo geral, descrito como uma crise financeira, mas
na verdade fazia parte da guerra de classes, destinada a privar o maior número
possível de americanos das suas casas para torná-los mais dóceis e mais fáceis
de governar. A enorme bolha de empréstimos imobiliários "subprime" em
2008 foi imediatamente repetida com os automóveis exactamente da mesma maneira;
esses empréstimos titularizados foram cortados em cubos e fatiados ao mesmo
tempo enquanto a Moodys lhes dava classificações AAA. Hoje, a proporção de
empréstimos criminosos que abrangem os automóveis está a aproximar-se de um ponto
de crise e, sem dúvida, em breve irá falhar, privando milhões de americanos da
sua única esperança de manter um emprego, já que um carro é praticamente uma
necessidade em grande parte dos EUA. Em 2008, a maioria da classe média dos EUA
foi lançada sem cerimónia na classe baixa e todos os sinais parecem indicar uma
repetição no horizonte.
O
programa também abrangeu, nos últimos 60 anos, tentativas cada vez mais ousadas
de redução da população, matando ou esterilizando vastas faixas da Humanidade.
Essa foi a razão da fundação da Planned Parenthood/Planeamento Familiar, a
principal razão da existência da USAID, e para o NSSM 200 de Kissinger - um
plano viciosamente agressivo para impedir, aparentemente, quase a qualquer
custo, nascimentos em países não ocidentais. A USAID e Reimert Ravenholt
esterilizaram pelo menos 100 milhões de mulheres sem o conhecimento delas, matando dezenas
de milhões no processo. Este programa estava por trás do Projecto 100.000 de
Robert McNamara. Estava, quase de certeza, por trás do recente vírus Zika na
América do Sul. É a razão pela qual a OMS está a viajar pelo mundo
subdesenvolvido e a esterilizar inúmeras milhões de mulheres sem o seu
conhecimento através dos programas fraudulentos de vacinação contra o tétano,
nos quais a vacina é entrelaçada com Hcg e, de facto, a vacinar permanentemente
as mulheres contra a gravidez.
Esta é a
razão pela qual as empresas de sementes estão
a promover, rapidamente, o uso de sementes de algodão como alimento
primário para os países subdesenvolvidos. As sementes de algodão são tóxicas,
contendo um produto químico chamado gossipol, que é um esterilizante masculino
eficiente. As empresas de sementes afirmam ter afastado essa toxina para um
nível seguro, mas não existe um nível seguro para o gossipol. Mesmo doses muito
pequenas, tomadas repetidamente (como quando são usadas como um alimento
básico) tornarão estéril a totalidade de uma população masculina. O que a OMS,
o Banco Mundial e a UNICEF fazem às populações femininas, as empresas de
sementes fá-lo-ão à população masculina. Se eles conseguirem o que querem,
grande parte do mundo pode um dia ficar desabitada.
O
Exército Privado dos Banqueiros
Estes
planos excessivos para encurralar a Humanidade como animais domésticos e
combater com êxito a oposição deles e do remanescente dos seus governos exigem
uma força militar esmagadora. Tudo começou com a Companhia Britânica das Índias
Orientais, onde Rothschild tinha, a certa altura, um exército permanente de
mais de um milhão de homens, um testemunho do lucro obtido por saquear a
poderosa Índia. O exército tinha dois objectivos principais: desencorajar os
indianos locais a protestar contra os saques da sua nação levados a cabo por
estrangeiros, e a necessidade de impor aos agricultores, pela violência, o
abandono das culturas alimentares para cultivar ópio destinado a ser vendido à
China. Os livros de História mantém-se quase sempre silenciosos e
habilidosamente vagos sobre a transferência dessas responsabilidades para o
governo britânico, levando os leitores a considerar que os britânicos, em dada
altura, ordenaram que a Companhia das Índias Orientais renunciasse ao seu poder,
a fim de ser substituída por cidadãos
britânicos mais humanos. Mas agora vamos saber como foi. Rothschild abandonou
as suas forças armadas quando os lucros eram insuficientes para transportá-las
e, simplesmente, transferiu a sua bandeira para as forças armadas britânicas
que se tornaram, literalmente, o Exército Privado dos Banqueiros para serem
usadas não só na Índia, mas em muitos outros casos, como nas guerras dos
Boeres, devido a Rothschild querer ouro e diamantes e esse exército privado a
matar, obedientemente, todos os que estavam no caminho.
Assim, o
Reino Unido foi usado durante muitos anos, durante as duas guerras mundiais que
ninguém queria, até que a Inglaterra finalmente faliu, com o seu lendário
Império em frangalhos e a implorar o apoio financeiro aos EUA. A Inglaterra foi
deliberadamente sacrificada para este fim, conforme descrito, e hoje continua a
ser apenas uma garupa, uma cauda muito grata por ter um cachorro. Mas não
importa. Estes mesmos homens já tinham obtido o controlo total virtual do
governo dos EUA e transferiram, simplesmente, a sua bandeira - novamente para
as forças armadas mais poderosas do mundo. Não é segredo que os próprios EUA
estão a ser canibalizados por esse mesmo grupo, acabando por se afogar em
dívidas de guerra irreparáveis, os cidadãos na sua maioria sem abrigo e
falidos, e com toda a infraestrutura e meios de produção a pertencer a esse
mesmo pequeno grupo. Como Benjamin Netanyahu afirmou: "Depois de espremer
tudo o que queremos dos EUA, ele pode secar e explodir". E vai explodir.
Mas não
importa. A bandeira já está a ser transferida para a NATO, um exército supranacional
responsável apenas perante esse mesmo grupo, uma força militar irresistível
composta por todas as forças armadas de dezenas de nações. Por este motivo é que uma renúncia total às
forças armadas de um país é um pré-requisito, mesmo para ser considerado na
adesão à União Europeia. Por esta razão é que os militares da NATO estão a ser
doutrinados para abandonar todos os sentimentos de nacionalismo em relação ao seu
país e usar somente a bandeira da NATO nos seus corações. A NATO foi concebida
como sendo o braço armado de aplicação do TPP (Parceria Trans-Pacífica), se tivesse sido bem sucedido, mas continuará a funcionar como algo semelhante.
Agora
estamos a ver revoltas desenfreadas no Iraque, em toda a América do Sul, e
vê-las-emos na Grécia, as populações a surgir em massa para protestar contra o
seu empobrecimento e escravidão. No final, cada “governo” nacional despojado e castrado
terá apenas duas funções: cobrança de impostos para canalizar dinheiro para os
donos do mundo e a supressão da população para reprimir as inevitáveis
revoltas. Nos casos em que o próprio governo se revolta ou o governo se mostra
incapaz de reprimir distúrbios em massa, a NATO intervirá para “pacificar a
população, com terror e brutalidade".
Quem São
Estas Pessoas?
Os
membros deste grupo são geralmente banqueiros e industriais extremamente ricos,
são os proprietários ou controladores da maioria das empresas multinacionais do
mundo, da comunicação mediática, etc., que parecem ter como ideal, um mundo
composto pelo seu pequeno número, possuindo todos os meios de produção,
assistidos por um grupo maior de compradores educados, todos eles a governar um
mundo povoado por pré-humanos sem abrigo, sem instrução e empobrecidos. Não tenho
explicação para esta ambição. Eles possuiriam ou controlariam a riqueza do
mundo inteiro, mas com que finalidade? Nenhuma destas pessoas pode gastar o que
tem agora, muitas fortunas privadas chegam a triliões de dólares. Acredito que
a maioria de nós prefere ser reis de uma sociedade rica e sábia, do que Tarzan, o rei dos macacos, o governante de um rebanho de cabras, não sendo, de maneira
nenhuma, um governante.
Sinais
de Esperança
Existem
alguns, mas não muitos. A força da Rússia e da China, e talvez do Irão, é de
certo conforto, já que outra guerra mundial está quase no horizonte para a
finalização deste plano. Os protestos em França e em toda a América do Sul
trazem algum conforto, particularmente as nações que ganham coragem e se
recusam a ser escravizadas ou a serem intimidadas pelos Estados Unidos.
Esta
cabala de possíveis imperadores do mundo tem falhas próprias, sendo a antecipação
o resultado de uma confiança excessiva. Foi o mesmo grupo que tentou o golpe
fascista nos EUA em 1934, mas fracassou. O TPP foi uma tentativa
surpreendentemente ousada de simplesmente intimidar grande parte do mundo até a
submissão, o que também fracassou. Houve outras iniciativas deste tipo.
A
infinidade de informações online e sua absorção pelo que parece ser um número
crescente de pessoas em muitos países, é motivo de esperança, visto que a
educação é vital para expor todas as partes deste plano, e a luz solar ainda é
o melhor desinfectante. E, como William Blum disse: É necessário ter fé e
coragem.
*
Aos leitores: Agradecemos a divulgação deste artigo através das vossas listas de email e publicação nos vossos blogs, fóruns na Internet, etc.
*
Larry Romanoff, consultor de administração e empresário aposentado, ocupou cargos executivos de responsabilidade em empresas de consultoria internacionais e possuía um negócio internacional de importação e exportação. Professor visitante da Universidade Fudan de Shangai, apresenta estudos de casos de assuntos internacionais para as classes adiantadas de *EMBA. Romanoff reside em Shanghai e está, actualmente, a escrever uma série de dez livros, geralmente relacionados com a China e com o Ocidente. Pode ser contactado através do email: 2186604556@qq.com. É colaborador frequente do site Global Research e do Moon of Shanghai.
EMBA = Executive Master of Business Administration (EMBA). O Mestrado Executivo em Administração de Empresas (EMBA) é um programa de graduação universitária direccionado, especificamente, a executivos e gerentes empresariais já inseridos no mercado de trabalho.
Notas
(1) Lochiel’s Warning; Thomas Campbell
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com